Atendimento simples de emergência custou o equivalente a um carro popular; caso levanta debate sobre os custos da saúde nos Estados Unidos
Na primeira semana de maio de 2025, a empresária e influenciadora brasileira Naiara Ramiro, de 34 anos, viveu um susto que começou com contrações e terminou com uma conta hospitalar digna de filme: mais de R$ 40 mil por apenas uma hora de atendimento em um hospital privado nos Estados Unidos.
Grávida de 36 semanas das gêmeas Joy e Liz, Naiara procurou a emergência de um hospital em Orlando, na Flórida, após perceber contrações regulares a cada 10 minutos. Acompanhada do marido, a brasileira esperava confirmar o início do trabalho de parto.
No entanto, após aferição de pressão arterial, cardiotocografia fetal e exame de toque, foi constatado que se tratava de um alarme falso. O atendimento durou cerca de uma hora, e Naiara foi liberada logo depois.
A surpresa veio dias depois: o hospital enviou a cobrança no valor de US$ 7.000, o que equivale a aproximadamente R$ 40 mil. Apesar de contar com um seguro saúde internacional, Naiara ainda precisou pagar do próprio bolso uma coparticipação de US$ 956, algo em torno de R$ 5 mil.
“Fiquei chocada. A gente sabe que saúde aqui é cara, mas não imaginava que um atendimento de uma hora custaria tudo isso”, relatou Naiara em um vídeo publicado nas redes sociais, que rapidamente viralizou.
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Imagem: Perfil oficial instagram.com/naivasconcelos |
Sistema de saúde dos EUA: caro e complexo
Nos Estados Unidos, não existe um sistema público de saúde universal. Cada hospital define seus próprios preços para consultas, exames e procedimentos. A maioria da população depende de seguros privados, que funcionam de forma similar a planos de saúde no Brasil, mas com altas franquias e coparticipações.
Por exemplo, em muitos seguros americanos, o paciente precisa atingir um valor mínimo de gastos (a chamada franchise, ou “dedutível”) antes de o plano cobrir as despesas. Além disso, os custos de internação, partos e emergências são especialmente altos, muitas vezes ultrapassando dezenas de milhares de dólares.
Brasileiros no exterior: o risco de não ter seguro
O caso de Naiara serve como alerta para brasileiros que vivem ou viajam para o exterior. Sem seguro saúde, uma emergência médica simples pode gerar uma dívida impagável. Há relatos de turistas que, após acidentes ou problemas de saúde, acumularam contas superiores a R$ 100 mil por alguns dias de internação.
Por isso, especialistas recomendam:
- Nunca viajar para os EUA sem um seguro internacional válido;
- Ler atentamente as condições do contrato, entendendo o que está ou não coberto;
- Ter reservas financeiras para coparticipações e despesas extras, que são comuns mesmo com seguro.
Comparação com o SUS no Brasil: gratuito, mas também desafiador
O caso de Naiara gerou muitos comentários nas redes sociais de brasileiros surpresos com o custo altíssimo do atendimento. Isso levanta um contraste evidente com o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil.
No SUS, qualquer cidadão pode receber atendimento médico gratuito, desde consultas básicas até cirurgias complexas e partos. Uma grávida como Naiara, ao sentir contrações no Brasil, teria acesso ao pré-natal, exames, monitoramento fetal e hospitalização, tudo sem custos diretos.
É verdade que o SUS enfrenta problemas como filas de espera, infraestrutura limitada em algumas regiões e falta de profissionais. No entanto, ele continua sendo um modelo universal e gratuito de acesso à saúde, considerado referência por muitos países em desenvolvimento.
O valor invisível da saúde pública
O episódio da brasileira em Orlando reforça um ponto importante: a saúde gratuita e universal é um privilégio que muitos brasileiros não valorizam até conhecerem outros sistemas. Embora o SUS tenha seus desafios, ele evita que milhares de famílias se endividem ou percam acesso ao atendimento médico.
Casos como o de Naiara mostram que, em países com saúde privada, o acesso depende diretamente da renda e do seguro, o que pode tornar até uma simples ida ao hospital um risco financeiro.
Para brasileiros que pretendem viver ou viajar ao exterior, a recomendação é clara: invista em um bom seguro saúde e esteja ciente de que, fora do Brasil, o preço da saúde pode ser assustadoramente alto.
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